Sem avisar, gestão de Alckmin fecha turmas e remaneja alunos
Foto: Reprodução/IDG
Após suspender temporariamente o plano de reorganização escolar que pretendia fechar cerca de 92 escolas no Estado de São Paulo, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) fechou turmas e remanejou alunos sem aviso prévio neste início de ano letivo.
Quatro dias antes do início das aulas, a mãe da estudante Maria Alice Nogueira (6) foi avisada que sua filha tinha sido transferida para uma escola a 6 km de distância. Anteriormente, Maria Alice estava matriculada em uma escola a poucos metros de sua casa.
Dezenas de outros alunos também foram pegos de surpresa com as mudanças repentinas.
"Como sempre, a mudança não foi conversada com os alunos", diz Igor Miranda, 17.
O início e término das aulas também foram alterados e ao todo 118 escolas de ensino integral terão período reduzido em uma hora.
Neste ano, a Apeoesp (sindicato dos professores) tem dito que a secretaria da Educação fechou 1.043 turmas e está promovendo uma "reorganização branda".
Outro lado
Para José Roberto Nalini, novo secretário da Educação, o fechamento de turmas é resultado das mudanças demográficas. Neste ano, há 3,7 milhões de alunos na rede estadual -143 mil a menos que em 2015.
Sob condição de anonimato, diretores disseram que a demanda diminuiu e, por isso, classes foram eliminadas.
"O enxugamento de horas em escolas integrais se deu porque nove horas diárias são uma carga muito pesada para as crianças", diz Maria Helena Berlinck, responsável pela escolas integrais.
Berlinck admitiu que há "falta de cuidado" ao comunicar os pais sobre as mudanças.
12 escolas da capital paulista já tiveram seu fechamento confirmado.
Fonte: Folha de SP
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